sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A TRADIÇÃO NA IGREJA


A TRADIÇÃO NA IGREJA

Na verdade... Na Igreja Católica, a partir de Jesus Cristo, sempre revelou uma tradição viva. Para o povo judeu a tradição é a lei de Moisés: Em João 1:17, lemos: “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo”. Nos livros do Êxodo 20:1-17 e Deuteronômio 5:2-21, no Antigo Testamento, se fala da Lei inscrita em pedra, mas que depois tinha que ser vivida e aplicada na vida concreta do dia-a-dia. Se não for vivida não se tornará lei do Espírito, portanto, não passará de letra morta, sem vida. Jesus, em sua existência, praticou tudo o que o Pai havia dado ao homem. Nesse caminho de vida a tradição se constitui viva e sempre atual. Do contrário ela não passa de uma lei morta. A tradição se faz viva tanto de forma oral, pela pregação, quanto escrita pela exegese e pela hermenêutica. Portanto, qualquer tradição que não acompanha a caminhada da comunidade essa é uma tradição morta que não ajudará a vivificar as realidades históricas com a eficaz luz de Deus, que nos acompanha: “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28,20).
Na verdade... Quando se fala em tradição, na Igreja, não se pode reduzir a compreensão à simples repetição ou conservação de atos, gestos e rituais; dependendo do tempo e do lugar ela pode sofrer perda de sentido ou significado. Os discípulos de Jesus sempre tiveram preocupação de ir onde Jesus precisava ser anunciado e falar das coisas do Reino onde elas precisam ser testemunhadas. Falar de Jesus só para quem já o conhece não é missão de discípulo, e, além do mais, as imagens na Igreja tem uma função específica: comunicar uma mensagem de vida e esperança ao coração do ser humano; daí a necessidade de resgatar o valor e o caráter catequético das procissões com as imagens. Assim, é mais catequético conduzir as imagens por onde o povo não costuma ir ou mesmo participar da vida da Igreja, a fim de que as imagens lhes revele ao coração a mensagem de Jesus Cristo. A caminhada humana é sempre mutável e seus elementos precisam ser atualizados. O acolhimento da fé, na comunidade cristã, nos ajuda a promover essa mudança. Quem não vivencia essa caminhada verdadeiramente se prende unicamente ao fato histórico imutável. Quem se deixa conduzir pelo Espírito esse não vive fora da experiência de fé da comunidade. Pense nisso...!

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